Bovinos
Principais raças de gado de corte
No Brasil, a maior parte dos bovinos de corte são zebuínos, chegando a 80% da produção. A grande aceitabilidade desse animal se deve ao fato de que ele se adapta muito bem a climas tropicais. De modo geral, são animais rústicos, com menor exigência nutricional e maior resistência a doenças. Entretanto, raças do tipo taurinas também são utilizadas por fornecerem carne de qualidade.
Confira a seguir as principais raças de gado de corte criadas no país!
Nelore
O gado nelore é a raça zebuína com maior produção em território nacional, afinal, são animais muito adaptados às condições climáticas do país. Também foi uma das raças que mais recebeu dinheiro para melhoramento genético para que se chegasse a um padrão de exigência nutricional eficiente.
Tabapuã
Os animais da raça tabapuã são reconhecidos por sua boa habilidade materna e alta fertilidade, o que faz com que sejam desejáveis para biotécnicas reprodutivas. É a única raça de zebuínos desenvolvida no Brasil e sua criação tem sido cada vez mais comum no país.
Brahman
Raça zebuína que possui uma excelente conversão alimentar, ou seja, quantidade de quilos de carne produzida por quilos de alimento consumido. Além disso, as fêmeas da raça brahman tem um curto intervalo de parto em relação às demais e têm boa produção de leite. Isso resulta em bezerros desmamados com boa taxa de engorda.
Guzerá
O diferencial dessa raça é a dupla aptidão pois os animais são bons tanto para corte como leite. As fêmeas têm facilidade no parto pois os bezerros nascem menores . Outra característica é que os bovinos da raça são usadas como base genética para outros cruzamentos.
Afinal, o principal objetivo da recria é garantir ganhos elevados bem como antecipar a próxima fase. Para que isso aconteça, pode-se investir na suplementação para a produção de uma arroba mais eficiente e econômica. Mas, é fundamental o controle da suplementação, garantindo consumo na dosagem correta e utilização do componente adequado, de acordo com a recomendação do técnico responsável.
Por fim, uma recria eficiente de animais, sobretudo a pasto, demanda também ter controle dos índices zootécnicos, manejo e adubação das pastagens para obtenção de altas performances.
são aqueles com elevado teor de fibra, como as forragens (feno, capineira e silagem na forma de pastagens), palhadas (resto de culturas após a colheita de grãos) e cana-de-açúcar. São essenciais para o bom funcionamento do trato gastrointestinal e fornecem nutrientes importantes.
Concentrados
Já os alimentos concentrados são aqueles que têm baixo teor de fibra e podem ser energéticos, ou protéicos. Os alimentos energéticos possuem um baixo teor proteico e com alto valor energético. Como por exemplo, o farelo de trigo, grão de milho, raiz de mandioca e farelo de arroz. Já os concentrados proteicos, além da energia, dispõem de alta concentração de proteína. Assim como, o farelo de algodão, de soja ou de amendoim.
A combinação dos dois tipos é o que faz com que o animal tenha acesso a quantidade de energia e nutrientes necessários para o ganho de peso.
Suplementação
Além de volumosos e concentrados, pode-se optar também pela suplementação, como os compostos minerais e vitamínicos. No entanto, para que as rações produzam maior ganho de peso é necessário balancear a quantidade de cada um dos alimentos. Dessa maneira, a mistura final será capaz de atender às exigências do organismo da categoria animal que se vai alimentar.
É importante destacar que na dieta dos bovinos deve sempre conter alimentos que estimulem a ruminação. Pois, os ruminantes precisam receber, obrigatoriamente, uma certa quantidade de fibras para que o rúmen possa ter um bom funcionamento.
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com pontas de pregos, madeiras e parafusos que possam causar feridas, hematomas e cortes no couro dos animais.
O melhor tipo de instalação vai depender do sistema de produção adotado. Mas, de modo geral, os itens essenciais são:
Cercas
Curral
Reservatório de água
Bebedouro e cochos para minerais
Como criar um bom curral para o gado?
Nesse sentido, um bom curral para gado de corte deve permitir a realização, com eficiência, conforto e segurança de todas as práticas necessárias de manejo com o gado. Como por exemplo, vacinação, marcação e identificação, descorna, inseminação, pesagem, exame andrológico e ginecológico.
Para a construção do curral, além da limpeza periódica das instalações é importante seguir as recomendações:
Pontos de água (torneira e bebedouro)
Troncos de contenção
Recipiente adequado para coleta do lixo
Embarcadouro com rampa de inclinação
Paredes internas lisas e livres de saliências (pregos, parafusos ou ferragens)
Terreno elevado firme e seco, em um local estratégico para facilitar o manejo dos animais
Outra orientação é a construção do creep-feeding, que nada mais é do que cercar uma pequena área dentro do pasto. Nele, só os bezerros têm acesso e são colocados cochos com ração concentradas. Essa é uma forma de manejo prático para suplementar a alimentação do bezerro na fase de aleitamento.
Os produtos “premium” têm ganhado espaço com os consumidores. Porém, ainda faltam profissionais capacitados para atender a demanda desse mercado de carnes certificadas.
Pense nisso, uma peça de carne pendurada em um gancho de açougue de baixo valor, pode ser transformada e valorizada simplesmente pelo seu corte pronto para o consumo, embalagem atrativa e higiênica. Além, da adição da marca reconhecida como garantia de segurança e qualidade do produto.
Investimento em conhecimento
Certamente, outra característica de toda criação de gado de corte bem sucedida é o investimento em conhecimento. Tanto para os funcionários, que lidam diretamente com o gado quanto para quem administra a propriedade. Pois, não há como ter uma criação competitiva, equipe engajada e sucesso na atividade sem ter o conhecimento prático sobre o assunto.
A criação de gado de leite no Brasil tem ganhado cada vez mais destaque. Afinal, a atividade está mais moderna, profissional e, consequentemente, pode ser mais rentável. No entanto, trata-se um grande desafio uma vez que o lucro com a produção depende diretamente da adoção das estratégias corretas para minimizar os custos ao mesmo tempo que elevar a produtividade.
Neste artigo, vamos apresentar um passo a passo para criar gado de leite, abordando aspectos que vão desde a parte administrativa do negócio até questões sanitárias e nutricionais. Confira!
Trate a propriedade como uma empresa
Primeiramente, fazenda de criação de gado de leite, assim como outras atividades econômicas, deve ser encarada como uma empresa. Por isso, é preciso ter em mente que produzir grande quantidade de leite não é certeza de lucro. Pelo contrário, rebanhos menores podem ser muito rentáveis, desde que adotado o manejo correto. O mercado da área é bastante incerto e, portanto, não se pode descuidar dos índices de acompanhamento financeiro.
Esses indicadores ajudam a identificar onde estão sendo empregados os recursos financeiros e ainda:
Reconhecer épocas do ano que demandam mais dinheiro;
Planejar investimentos de curto e longo prazo;
Comparar os objetivos planejados com os alcançados;
Determinar o custo operacional da produção.
Também é preciso pensar que a criação de gado de leite é apenas um dos elos de uma cadeia de produção extensa e complexa. Dentro deste mercado, sabemos que o leite sofre influência de diversos fatores como as políticas econômicas, sazonalidade da produção, quantidade demandada pelo mercado, dentre outros.
Entre os diversos fatores que influenciam no preço pago ao produtor, podemos destacar:
Época do ano
Comportamento do consumidor de lácteos;
Excesso/escassez de oferta de leite;
Política econômica.
Esses fatores não podem ser controlados, ou seja, o produtor deve focar naquilo que ele pode interferir, como calcular muito bem os custos de produção e identificar os possíveis pontos de desperdício.
desempenho econômico muito satisfatório. Devido a essas características é ideal para produtores que estão começando.
Jersey
A Jersey também é uma raça europeia, no entanto, é mais rústica dos que as Holadesas. Devido à sua alta produção, são consideradas a segunda melhor raça leiteira, além de adaptar-se mais facilmente à adversidade e ter maior tolerância ao calor.
Por serem de menor porte, permite que o produtor tenha mais animais por hectare, levando a um menor custo na alimentação. Além disso, é a raça mais precoce entre as leiteiras, podendo ter a primeira cria entre os 15 e os 18 meses de idade.
Pardo Suíço
Esta é uma das raças mais antigas de bovinos de leite com origem ao sudeste da Suíça. Mesmo com essa origem nórdica, apresenta boa tolerância ao calor e boa produção de leite. Também contam com altas taxas de longevidade e fertilidade, além de transmitirem facilmente suas características nos cruzamentos entre linhagens.
Guzerá
A raça Guzerá também é uma raça indiana e há registros de que foi a primeira raça zebuína domesticada pelo homem. Trata-se de um animal altamente adaptável e possui dupla aptidão: leite e carne.
Graças a sua rusticidade, possui menor custo de produção e apresentam grande facilidade para ganhar peso, mesmo com menor investimento. Por isso, é indicada para iniciantes na criação de gado de leite.
Faça o manejo nutricional adequado
A criação de gado de leite deve, necessariamente, passar pela necessidade nutricional do animal. Isso representa uns dos principais fatores ligados à produtividade do animal.
A partir da nutrição é possível alterar a composição do leite, além de otimizar a produção e aumentar a eficiência reprodutiva.
No entanto, manejar vacas leiteiras não é uma tarefa fácil. Sendo assim, o caminho mais eficiente é entender as particularidades de cadas fase do ciclo lactacional e superar os desafios de cada um.
Em geral, o manejo nutricional do gado leiteiro é dividido nas seguintes fases:
início de lactação;
pico de consumo de alimento;
metade e final da lactação;
período seco;
transição e período pré-parto.
Dito isso, alguns fatores são essenciais para o sucesso de um programa nutricional de gado de leite. A seguir, veja mais detalhes sobre cada um deles.
conforto. Nessa etapa você deve formular rações específicas para o período assim como maximizar conforto das vacas fornecendo espaço adequado pra deitar e comer enquanto minimiza os movimentos no curral.
Além disso, é importante manejar o cocho de alimentação focando apenas em forragens de boa qualidade na quantidade certa.
As vacas que estão no período que antecede ao parto devem ter mais de 0,76 metros de espaço no cocho e um mínimo de duas fontes de água limpa e fresca disponível em cada curral.
Implementar monitoramento diário da vaca, que deve incluir um exame da temperatura corporal, mudanças na atividade e mudanças no comportamento alimentar.
caso, o valor é estimado usando o registro do próprio animal e de parentes.
Há duas formas de fazer o melhoramento genético, por meio das biotecnologias ou da monta natural. Sem dúvidas, para o produtor que almeja aumentar a sua produção de leite, o uso das biotecnologias é a melhor opção. Já que, nesse caso o animal é previamente selecionado e comprovadamente superior tornando os resultados mais rápidos.
As técnicas usadas para o melhoramento genético são:
Inseminação artificial;
Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF);
Transferência de Embrião;
Fecundação In Vitro (FIV).
É preciso saber o que está fazendo
As fazendas de criação de gado de leite demandam cuidados especializados. É por isso que o sucesso da produção depende de conhecimento técnico e prático nas melhores estratégias de manejo. O responsável pelo rebanho, assim como a sua equipe, precisa entender todas as etapas da produção assim como ter uma visão gerencial da fazenda.
Uma única decisão errada pode levar o lucro por água abaixo e, se recuperar pode não ser tão fácil, principalmente frente a um cenário de instabilidade.
Suínos
Conheça as principais raças de suínos no Brasil
A suinocultura vem ganhando cada vez mais importância na economia brasileira nos últimos anos, tornando-se um importante setor de produção de alimentos. Mas para obter sucesso na produção de suínos, é preciso conhecer as raças, para que a escolha seja assertiva. Neste blog, vamos explorar um pouco sobre as principais raças de suínos utilizadas no Brasil e avaliar seus pontos fortes e fracos para que você possa tomar uma decisão mais assertiva quanto a raça de suíno mais indicada para o seu negócio.
Principais Raças
A suinocultura tem crescido cada vez mais no Brasil. A atividade, se bem pensada e conduzida, se torna uma excelente fonte de renda. Um passo importante a ser dado é a escolha da raça a ser criada. Apresentamos a seguir as principais raças criadas no Brasil e as principais características de cada uma:
Landrace
Uma das raças mais produzidas no Brasil. Tem como principais características a pele e pelagem finas. Os adultos chegam a pesar até 300kg, atingindo a idade ideal para abate entre 5 e 6 meses de vida, quando estão com aproximadamente 120 Kg. Destacando-se dessa maneira, a sua excelente performance na produção de carne.
Large White
Apresenta bom ganho de peso diário e bom rendimento da carcaça. Sua pelagem é branca e os animais dessa raça são de grande porte. Assim como os Landrace, as fêmeas são muito utilizadas como matrizes. Ainda, é comum cruzar Large White com Landrace, com a finalidade de produzir uma matriz industrial, que será, posteriormente, cruzada com um macho terminador.
Duroc
Sua principal vantagem é a qualidade elevada da carne, aliada com a rusticidade. É uma das raças terminadoras mais utilizadas no mundo, justamente por aliar a qualidade de marmoreio, com a rusticidade de seus leitões. São animais muito ágeis, flexíveis, fortes e possuem pelagem vermelha.
Piétrain
Originária da Bélgica, tem como principal finalidade a produção de carne. Sua pelagem branca com manchas pretas, temperamento tranquilo e boa fecundidade, são características notáveis. São animais de excelentes características de carcaça, como rendimento, conversão alimentar e ganho de peso.
Hampshire
Sua aparência é caracterizada pela mescla de uma pelagem curta e preta com faixas de pelos brancos na altura das patas da frente. Sua carcaça apresenta boa qualidade para a produção de carne fresca.
Large White x Landrace
O cruzamento entre as raças Large White e Landrace, é o mais utilizado para a linha de fêmeas. Uma vez que conseguimos através desse cruzamento unir características de produção, com características reprodutivas das duas raças. Obtendo uma matriz mais equilibrada e produtiva. Essa matriz advinda do cruzamento das duas raças, será utilizada como mãe nas granjas, sendo novamente cruzada com um animal de linha macho (Terminador).
A Large White destaca-se por índices zootécnicos relacionados a qualidade de carcaça, como ganho de peso diário, boa conformação de membros, pernis cheios e profundos. No quesito reprodutivo, apresentam ótima habilidade materna, boa prolificidade e precocidade reprodutiva.
Por sua vez, a Landrace destaca-se pela alta produção de carne, isso principalmente pelo seu comprimento e pela excelente área de olho de lombo. Um bom aparelho locomotor também é visualizado nessa raça.
O cruzamento entre as duas raças, e o investimento no melhoramento genético de suas linhagens, faz com que consigamos retirar o melhor de cada uma delas e fornecer para o produtor uma matriz superior aliando produtividade com excelentes índices reprodutivos, a nossa Afrodite.
A TOPGEN está sempre empenhada em fornecer os melhores produtos para o seu negócio e, por isso, investimos em melhoramento genético introduzindo no mercado a AFRODITE que consegue unir o melhor dessas duas raças, o que a colocam como a matriz mais completa do mercado. Saiba mais, fale conosco!
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São poucos os que resistem a um leitão à pururuca regado a limão. Saboroso e crocante, é um dos pratos mais apreciados nas festas de fim de ano. A carne não oferece risco à saúde, como se pensava erroneamente até algumas décadas atrás. Ao contrário, é a mais consumida no mundo, à frente da carne bovina e do frango. Além de melhoramento genético e de novas técnicas, cuidados rígidos na criação ajudaram a acabar com o preconceito e a impulsionar o mercado. Como o manejo de suínos pode ser realizado por fases, a atividade oferece boas oportunidades, mesmo aos interessados em pequenos criatórios.
Antes de tudo, é importante ter claro o objetivo da criação. Se for apenas para subsistência, bastam poucos animais. Os porquinhos podem ser adquiridos de alguma propriedade por perto. Nesse caso, o investimento é baixo e, após alguma adaptação, as estruturas existentes no local podem ser aproveitadas. Contudo, recomenda-se que as instalações estejam localizadas com orientação leste-oeste em relação ao sol. Se a opção for pela produção de leitões para abate ou engorda, a partir de matrizes da propriedade, as exigências aumentam. Mesmo que seja em pequena escala, a atividade requer cuidados semelhantes ao de uma criação comercial. Também é indicado que a criação esteja próxima de centros consumidores de médio a grande porte, inclusive que disponham de abatedouros.
Apesar de não gostarem de temperatura e umidade do ar elevadas, os suínos se adaptam a qualquer clima tomados os devidos cuidados. Em lugares frios, recomenda-se o uso de cortinas, enquanto em locais quentes deve-se contar com ventilação. Embora predomine na Região Sul, a suinocultura está em vários estados brasileiros. Entre as raças brasileiras, a piau e a moura apresentam melhor potencial de desempenho. As estrangeiras vêm da Europa, como a dinamarquesa landrace, as inglesas large white e wessex e a belga pietrain, e dos Estados Unidos, como a hampshire e a duroc. As raças puras são usadas pelas empresas de melhoramento genético para a produção de reprodutores. Para criação de qualquer porte, uma das mais indicadas é a F1, resultado do cruzamento da landrace com a large white. Segundo a Embrapa Suínos e Aves, a MS 115 fornecida pela própria instituição possui alto desempenho e custo acessível.
Mãos à obra
INÍCIO - escolha suínos de boa qualidade genética, pois são mais produtivos e bem aceitos no mercado. Verifique se são livres de doenças. Para não errar, procure um produtor de confiança, de granja com certificado do Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O número de animais para iniciar depende do tipo de criação e do mercado consumidor.
AMBIENTE - locais longe de outras criações são mais indicados para o bem-estar dos suínos. O terreno deve ter área plana ou com um pouco de declive. Nas instalações, opte por piso de concreto sem que seja muito liso nem muito áspero. No entorno, mantenha um gramado aparado. De preferência, os galpões devem estar a leste-oeste, posição que permite melhor ventilação e menos incidência de raios solares. Com o auxílio de um termômetro, assegure a temperatura interna em 16 graus.
CUIDADOS - a área de criação deve estar sempre limpa. Evite o acúmulo de esterco. Além de lavar as instalações, há produtores que também utilizam lança-chamas para desinfetar o local. O bom controle do manejo é outro meio de obter animais com carne de qualidade. Caso haja algum problema, não hesite em chamar um veterinário. Acompanhe o programa de aplicação de vacinas da secretaria de agricultura da região.
ALIMENTAÇÃO - os suínos gostam de comer grãos, como milho e soja. Outros alimentos também podem ser fornecidos, exceto os fibrosos. Compradas em lojas agropecuárias, as rações balanceadas devem acompanhar cada fase de vida dos animais, pois contêm formulações adequadas para as necessidades diárias de ingredientes para as diferentes etapas de desenvolvimento. Limpe os comedouros diariamente para evitar a fermentação de restos, que podem provocar diarréia nos suínos.
REPRODUÇÃO - as leitoas devem chegar à propriedade com cerca de 5 meses para passarem por um período de adaptação na granja antes da cobertura. Em raças melhoradas, como a F1, a maturidade sexual ocorre a partir dos 150 dias de vida, mas o ideal é cobrir as fêmeas depois de atingirem 210 dias, quando ocorre o terceiro cio. É importante manter o contato de machos e leitoas por 10 minutos diariamente para estimular o cio. A gestação leva 114 dias e raças de boa qualidade produzem cerca de 11 leitões por parto, duas vezes ao ano. Leitões que mamam o colostro rapidamente aumentam as chances de sobrevivência. O desmame deve ser feito aos 28 dias e, em seguida, forneça ração pré-inicial de alta qualidade.
Caprina e Ovina
Por qual motivo você quer criar ovelhas? Existem muitos motivos para uma criação de ovelhas: extrair renda da venda de lã, couro, carne e leite, ter um hobby rural que gere produtos orgânicos para consumo próprio, controlar a vegetação ou até mesmo ter um bicho de estimação. Algumas pessoas usam a criação de ovelhas até para lidar com a “síndrome do ninho vazio”. Apesar de todas essas opções, é importante entender desde o princípio que você não poderá atingir todos esses objetivos de uma vez só, uma vez que diferentes raças de ovelhas são mais adequadas para cada função e que o pasto, a alimentação e as técnicas de criação variarão de acordo com seus objetivos. A menos que você tenha todo o tempo necessário, uma sólida experiência, recursos adequados e um pasto apropriado, não exagere.
Leve em consideração o tempo e os recursos financeiros necessários para a criação de ovelhas. Os custos de começar uma operação de cria de ovelhas incluem o custo das cabeças iniciais, das cercas, toda a alimentação, vacinas, visitas veterinárias e transporte. Além disso, se na sua área há necessidade de estocar alimento e ter um abrigo fechado para a reprodução e a proteção contra o frio, isso deve ser considerado desde o início do projeto.
Escolha uma raça dentro das categorias abaixo que seja adaptada ao clima da região onde você pretende estabelecer sua criação. Lembre-se de que raças europeias nem sempre se adaptam ao clima tropical.
Raças de pelo: Merino, Ramboullet, etc. (Obs.: a criação de ovelhas para lã só costuma ser bem-sucedida no sul do Brasil devido ao clima);
Raças de carne: North County Cheviot, Southdown, Dorset, Hampshire, Suffolk, Texel etc.
Dupla-finalidade (lã e carne): Columbia, Corriedale, Polypay,Targee, etc.
Tripla-finalidade (leite, lã e carne): principalmente na Europa.
Decida quantas ovelhas você vai comprar. A sua região e a produtividade do seu terreno vão determinar quantas ovelhas sua propriedade pode sustentar. Além disso, se você pretende atingir lucro com a criação, tenha em mente os preços do mercado e o retorno que conseguirá por animal. Em certas regiões, é muito difícil lucrar com um rebanho pequeno de ovelhas. As criações pequenas são particularmente pouco lucrativas em regiões com invernos rigorosos, que requerem proteção e estoques de alimento para os animais por boa parte do ano.
Crie um ambiente adequado para os animais. Determine quantas ovelhas podem ser colocadas no seu pasto. Uma base geral de cálculo são 5 ovelhas para cada 4.000 metros quadrados.
Alguns criadores orgânicos acreditam que é possível manter até 18 animais em 10.000 metros quadrados. Para isso, o pasto deve ser bom e produtivo. Providencie cercas adequadas ao redor dele para impedir fugas e para prevenir ataques de cães (tanto domésticos quanto selvagens) e outros animais. Crie alguma forma simples de abrigo para as ovelhas; os animais adultos são bastante resistentes e não precisam de muito abrigo, desde que sejam da raça adequada para as condições climáticas da sua região.
Compre suas ovelhas de um criador certificado. Sempre compre animais de raça de criadores reconhecidos. Procure por uma associação local ou nacional de criadores de ovelhas para se informar sobre os criadores da sua região. Também vale a pena pesquisar na internet ou até em classificados.
Leve suas ovelhas para casa. Em um cenário ideal, o criador se responsabilizaria pelo transporte dos animais, mas nem sempre essa é uma opção. Se você precisar recolher as ovelhas, alugue ou compre um reboque adequado para um transporte seguro. Caso precise fazer diversas viagens, cheque a distância entre o criador e seu destino final, pois é possível que você precise organizar um pernoite para você e para os animais.
Alimente-as quando for necessário. O segredo para a alimentação das ovelhas está em um pasto de boa qualidade. Pastagens mais pobres devem ser suplementadas com feno, rações e blocos de sal. Quando as ovelhas não puderem pastar, como durante invernos rigorosos com geada ou secas que destroem a grama, você terá de alimentá-las diariamente. Este é um processo longo, portanto, leve esse fator em conta se a fazenda não for sua ocupação integral.
Tenha sempre água fresca à disposição dos animais. Garanta um fornecimento constante de água. Isso pode ser feito com um bebedouro longo que permita o acesso simultâneo de muitas ovelhas à água. Cheque regulamente a reciclagem diária da água (se você estiver usando uma bomba hidráulica) ou lembre-se de trocar a água manualmente todos os dias. Caso contrário, os animais podem adoecer.
Penteie e lave as ovelhas regulamente. Se o objetivo da sua criação for a produção de lã, exposições ou mesmo ter um animal de estimação, cuidados frequentes com a limpeza garantem uma pelagem saudável e bonita.
Mantenha as ovelhas vermifugadas e saudáveis. Os animais devem ser vermifugados regularmente com um produto adequado para ovelhas. Você também deve fumigar seu rebanho para evitar a proliferação de parasitas e, em algumas áreas, realizar o corte da cauda dos animais para prevenir a proliferação do berne. Converse com um veterinário especializado para decidir quais os procedimentos mais adequados e menos invasivos para proteger seu rebanho de doenças.Por qual motivo você quer criar ovelhas? Existem muitos motivos para uma criação de ovelhas: extrair renda da venda de lã, couro, carne e leite, ter um hobby rural que gere produtos orgânicos para consumo próprio, controlar a vegetação ou até mesmo ter um bicho de estimação. Algumas pessoas usam a criação de ovelhas até para lidar com a “síndrome do ninho vazio”. Apesar de todas essas opções, é importante entender desde o princípio que você não poderá atingir todos esses objetivos de uma vez só, uma vez que diferentes raças de ovelhas são mais adequadas para cada função e que o pasto, a alimentação e as técnicas de criação variarão de acordo com seus objetivos. A menos que você tenha todo o tempo necessário, uma sólida experiência, recursos adequados e um pasto apropriado, não exagere.
Leve em consideração o tempo e os recursos financeiros necessários para a criação de ovelhas. Os custos de começar uma operação de cria de ovelhas incluem o custo das cabeças iniciais, das cercas, toda a alimentação, vacinas, visitas veterinárias e transporte. Além disso, se na sua área há necessidade de estocar alimento e ter um abrigo fechado para a reprodução e a proteção contra o frio, isso deve ser considerado desde o início do projeto.
Escolha uma raça dentro das categorias abaixo que seja adaptada ao clima da região onde você pretende estabelecer sua criação. Lembre-se de que raças europeias nem sempre se adaptam ao clima tropical.
Raças de pelo: Merino, Ramboullet, etc. (Obs.: a criação de ovelhas para lã só costuma ser bem-sucedida no sul do Brasil devido ao clima);
Raças de carne: North County Cheviot, Southdown, Dorset, Hampshire, Suffolk, Texel etc.
Dupla-finalidade (lã e carne): Columbia, Corriedale, Polypay,Targee, etc.
Tripla-finalidade (leite, lã e carne): principalmente na Europa.
Decida quantas ovelhas você vai comprar. A sua região e a produtividade do seu terreno vão determinar quantas ovelhas sua propriedade pode sustentar. Além disso, se você pretende atingir lucro com a criação, tenha em mente os preços do mercado e o retorno que conseguirá por animal. Em certas regiões, é muito difícil lucrar com um rebanho pequeno de ovelhas. As criações pequenas são particularmente pouco lucrativas em regiões com invernos rigorosos, que requerem proteção e estoques de alimento para os animais por boa parte do ano.
Crie um ambiente adequado para os animais. Determine quantas ovelhas podem ser colocadas no seu pasto. Uma base geral de cálculo são 5 ovelhas para cada 4.000 metros quadrados.
Alguns criadores orgânicos acreditam que é possível manter até 18 animais em 10.000 metros quadrados. Para isso, o pasto deve ser bom e produtivo. Providencie cercas adequadas ao redor dele para impedir fugas e para prevenir ataques de cães (tanto domésticos quanto selvagens) e outros animais. Crie alguma forma simples de abrigo para as ovelhas; os animais adultos são bastante resistentes e não precisam de muito abrigo, desde que sejam da raça adequada para as condições climáticas da sua região.
Compre suas ovelhas de um criador certificado. Sempre compre animais de raça de criadores reconhecidos. Procure por uma associação local ou nacional de criadores de ovelhas para se informar sobre os criadores da sua região. Também vale a pena pesquisar na internet ou até em classificados.
Leve suas ovelhas para casa. Em um cenário ideal, o criador se responsabilizaria pelo transporte dos animais, mas nem sempre essa é uma opção. Se você precisar recolher as ovelhas, alugue ou compre um reboque adequado para um transporte seguro. Caso precise fazer diversas viagens, cheque a distância entre o criador e seu destino final, pois é possível que você precise organizar um pernoite para você e para os animais.
Alimente-as quando for necessário. O segredo para a alimentação das ovelhas está em um pasto de boa qualidade. Pastagens mais pobres devem ser suplementadas com feno, rações e blocos de sal. Quando as ovelhas não puderem pastar, como durante invernos rigorosos com geada ou secas que destroem a grama, você terá de alimentá-las diariamente. Este é um processo longo, portanto, leve esse fator em conta se a fazenda não for sua ocupação integral.
Tenha sempre água fresca à disposição dos animais. Garanta um fornecimento constante de água. Isso pode ser feito com um bebedouro longo que permita o acesso simultâneo de muitas ovelhas à água. Cheque regulamente a reciclagem diária da água (se você estiver usando uma bomba hidráulica) ou lembre-se de trocar a água manualmente todos os dias. Caso contrário, os animais podem adoecer.
Penteie e lave as ovelhas regulamente. Se o objetivo da sua criação for a produção de lã, exposições ou mesmo ter um animal de estimação, cuidados frequentes com a limpeza garantem uma pelagem saudável e bonita.
Mantenha as ovelhas vermifugadas e saudáveis. Os animais devem ser vermifugados regularmente com um produto adequado para ovelhas. Você também deve fumigar seu rebanho para evitar a proliferação de parasitas e, em algumas áreas, realizar o corte da cauda dos animais para prevenir a proliferação do berne. Converse com um veterinário especializado para decidir quais os procedimentos mais adequados e menos invasivos para proteger seu rebanho de doenças.
Equina
Equinocultura é o termo utilizado para definir a criação de cavalos que, apesar de bastante difundida no Brasil, ainda gera muita dúvida sobre os lucros e as demandas para produtores. Conheça um pouco mais sobre essa tradicional prática.
O termo, designado a criação de cavalos, é muitas vezes confundido com equideocultura, que é a criação de asininos (burros, asnos e jumentos) e da mistura destes com cavalos, o bardoto (cavalo com jumenta) e a mula (jumento com égua).
A criação de cavalos raramente tem objetivo alimentar, no geral, os animais são criados para a reprodução e venda. Os cavalos atendem uma série de demandas na vida rural, como a condução de rebanhos, mas também têm grande valor sentimental e de uso para fins recreativos.
Os cavalos foram introduzidos no Brasil no século XVI.
Os cavalos são animais muito dóceis e, quando acostumados e treinados desde cedo, reconhecem os donos e atendem a estímulos em sua volta. São animais inteligentes e conhecidos pela sua interação com humanos, por isso, cada vez mais conquistam lugar como animais de “estimação”. Assim, empreendimentos residenciais com hípicas, ou estabelecimentos para a manutenção e prática equestre vem crescendo.
Equinocultura brasileira
Atualmente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima-se que o Brasil tenha um rebanho equino de cerca de 5,5 milhões de cabeças, o quarto maior do mundo. O mercado movimenta cerca de R$ 16 bilhões anualmente e emprega aproximadamente 600 mil trabalhadores diretos e 3 milhões indiretos, de acordo com dados do Estudo do Complexo do Agronegócio Cavalo, realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo (Esalq/SP).
Normalmente, associa-se a criação de cavalos às competições. Animais usados para essa finalidade podem ser extremamente valorizados de acordo com raça, linhagem e saúde. Porém, como mencionado, o crescimento da procura de animais e estabelecimentos para recreação tem se tornado uma boa pedida para produtores rurais.
Criar cavalos não é um negócio simples, já que o tamanho dos animais assusta e requer uma série de cuidados. Mas, quando bem planejada, a atividade pode se tornar bastante lucrativa.
Dicas para começar uma criação de cavalos
Cavalos adoram espaço e precisam se exercitar algumas horas por dia, por isso é fundamental que quem quer trabalhar com equinocultura tenha um amplo terreno disponível. Um bom estábulo é fundamental, um ambiente iluminado que ofereça a possibilidade de alimentar e hidratar o animal com boas condições de higiene faz a diferença na qualidade de vida e na saúde dos cavalos.
Um bom estábulo tem baias indicadas com 3 metros por 4 metros, ou 4 metros por 4 metros, e com um pé direito de pelo menos 2,80 metros de altura. O material indicado para a fabricação é a alvenaria, mas tradicionalmente também pode-se usar madeira, contanto que seja bem tratada, já que os cavalos podem mastigá-la e estragá-la com os coices.
Os cavalos necessitam de espaço e exercício.
Os cochos e bebedouros devem ter de 0,90 metro a 1,1 metro de altura, e profundidade de 50 centímetros a 60 centímetros. Os cavalos têm o hábito de comer no nível do chão e visualizando o seu entorno. Outra dica importante é evitar o crescimento de ervas daninhas no terreno, esses animais mastigam de tudo e podem ficar doentes.
Outro elemento comum na criação de cavalos é o redondel, uma instalação circular que pode ou não ser coberta, e serve para a doma de jovens cavalos ou para exercício de cavalos em treinamento. O redondel pode ser feito em madeira ou ferro e é fundamental para produtores, é ali que os animais serão domesticados, aprenderão a obedecer comandos e se acostumarão com o contato humano, facilitando futuras negociações.
Para que o negócio seja rentável, é preciso tratar os processos de criação, treinamento, reprodução e venda com seriedade. Isso deve ser feito sempre com cuidado com os animais, garantindo a eles uma vida digna e de qualidade.
Fonte: KBB advocacia rural, Revista Horse, Animal Business, Premix
Bufalina
Os búfalos são bovídeos, originários do Continente Asiático, criados para a produção de carne e leite, e com o temperamento bastante dócil, o que facilita a sua criação e o seu manejo.
Atualmente, a bubalinocultura vem crescendo no Brasil, aproximadamente, 12% ao ano. Isso porque, se bem manejado, pode ser um excelente conversor de alimentos, como carne e leite. Quem nunca ouviu falar da deliciosa mussarela de búfala? No entanto, alguns sérios cuidados devem ser tomados, como alojamento adequado dos bubalinos, vacinação periódica, alimentação rica em nutrientes, entre outros. Com isso, o sucesso do pecuarista criador de búfalos será garantido.
Identificação do rebanho
Por ter o búfalo a pele negra, sua identificação torna-se mais complexa. Entretanto, muitos optam pela utilização de brincos, o que facilita, e muito, a sua marcação.
Alojamento dos búfalos
Muitos pecuaristas alojam os bubalinos em baias individuais. No entanto, é também interessante que os búfalos disponham de uma área aberta, contanto que seja próxima a açudes e lagos, onde os animais possam se refrescar nas horas mais quentes do dia. Da mesma forma, algumas áreas sombreadas proporcionam conforto aos bovídeos.
Controle sanitário
Como a verminose é uma das principais causas da mortalidade dos bubalinos, o pecuarista deve fazer um rigoroso controle sanitário do rebanho, o que evitará prejuízos futuros. Um dos vermes que mais atacam os bubalinos é o Neoascaris vitulorum, que pode ser transmitido pela placenta, fazendo com que o recém-nascido já nasça infestado. Daí a importância de não só vermifugar os bezerros, como também a mãe, ao final da gestação.
Quanto a doenças que também podem afetar o rebanho de búfalos, temos a Brucelose, causada por uma bactéria, e a Febre Aftosa. Ambas devem ser rigorosamente controladas por meio de vacinas, sanando quaisquer problemas sanitários no rebanho bubalino.
Inseminação das búfalas
Geralmente, o método reprodutivo em bubalinos que gera melhores resultados é o método de inseminação artificial das búfalas. Isso porque pode-se gerar bovídeos mais resistentes e com maior capacidade produtiva e reprodutiva.
O processo de inseminação das búfalas deve ser feito, preferencialmente, após 12 a 48 horas do início do cio. Por isso, a observação da fêmea deve ser constante.
Suplementos alimentares
Além de fornecer pastagens de qualidade para os bubalinos, no índice ideal para cada fase de crescimento, o pecuarista pode fornecer aos búfalos suplementos alimentares, conforme a categoria do bovídeo. Dentre eles, pode-se fornecer volumosos, como cana-de-açúcar, capim-gordura, raiz de mandioca, milho, entre outros; e concentrados, como farelo de algodão, farelo de arroz, melaço de cana, soja, ureia, entre outros. Todos os ricos em nutrientes benéficos à saúde do animal.
Produção de carne
Se criados em confinamento, os bubalinos têm ganho de produção nos mesmos índices dos bovinos. Entretanto, se submetidos à alta carga de pastejo, os búfalos tendem a apresentar melhor rendimento de carcaça, proporcionando um melhor retorno ao pecuarista.
Produção de leite
O leite produzido pelas búfalas visa à produção de queijo, a famosa mussarela de búfala, com a coloração mais branca que o queijo oriundo do leite de vaca. Entretanto, é um leite com maior teor de gordura, portanto, mais calórico que o leite de vaca. Só que esta característica, torna o queijo ainda mais macio e saboroso. Daí ser tão procurado no mercado.
Avicultura
A avicultura no Brasil tem entre os principais desafios da atualidade a necessidade de adequação dos sistemas de produção às novas exigências de bem estar animal.
O conceito envolve uma forma ética e humanitária de atuação. Além disso, diz respeito à crescente conscientização sobre a importância de ajustar os sistemas de criação de forma a respeitar os animais em suas necessidades fundamentais. Esse é um reflexo de uma mudança de pensamento no mercado.
Mas, ainda assim, a preocupação com o bem-estar animal deve possibilitar a produção e a manutenção dos índices produtivos. Dessa forma, deve-se respeitar as 5 liberdades que são premissas para esse conceito de bem-estar animal, assim como a redução no uso de promotores é outro conceito que tem ganhado muita força ao redor do mundo.
Ou seja, é possível ressaltar que existem dois principais desafios da avicultura no Brasil hoje e eles estão interconectados: aliar a produtividade sem comprometer as bases da sustentabilidade.
Para tal, os processos de produção da avicultura brasileira devem seguir rígidos protocolos e uma legislação clara, que norteia tudo o que envolve o setor.
Adequação de processos na avicultura
Boas práticas e protocolos específicos estruturam a avicultura brasileira. Para tal, existem normas e diretrizes que apontam o que deve ser observado quanto a:
- rotinas de manejo;
- práticas de sanidade;
- isolamento de granjas;
- processamento e comercialização do produto final;
- protocolos de biosseguridade.
As próprias empresas que atuam com avicultura estabelecem seus protocolos de segurança e garantia da qualidade que seguem as diretrizes apontadas pelos órgãos fiscalizadores. O objetivo principal é a melhoria contínua dos processos, além da redução de custos, sem prejuízos para a produção.
Caminhos para adequar os processos de produção de aves
Antes mesmo de abrir uma granja, o produtor deve estar enquadrado, no mínimo, nas diretrizes que as normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) preconizam. Esses são pontos prioritários e que devem ser relacionados antes que seja iniciado o investimento em um negócio referente à avicultura.
Após cumprir uma série de requisitos, é concedido um registro para que, enfim, seja aberta uma granja. Para uma granja avícola, as instruções normativas do MAPA — nºs 56 e 59 — devem ser atendidas primeiro para regular a produção de aves no Brasil. Sem elas, não é permitido produzir ovos, por exemplo.
Como se adequar aos nichos de mercado
Quando o produtor busca por algum tipo de produção de nicho (a exemplo de orgânicos), como o que acontece no mercado destinado à produção de ovos oriundos de uma produção livre de gaiolas, é preciso se adequar às normas de certificadoras. São elas que asseguram o cumprimento de todos requisitos exigidos por esse tipo de criação e conferem ao produtor o selo que garantirá o “diferencial” de sua produção.
Entre elas, estão a World Quality Service (WQS), Certified Humane, Orgânicos do Brasil, entre outras. Ainda assim, em todas as fases é primordial lembrar-se da importância do zootecnista e do médico veterinário.
Porém, seja no processo de certificação ou na adequação dos processos produtivos da avicultura brasileira, são encontrados erros que podem vir a prejudicar os resultados da granja e da produção.
Principais erros da avicultura brasileira
Os principais erros com relação à produção de aves no Brasil estão ligados ao gerenciamento inadequado dos índices zootécnicos. Mas esses não são os únicos pontos que afetam negativamente a produtividade.
Existem outros problemas que podem, até mesmo, colocar em risco a produção. São eles:
- pouca atenção para a biosseguridade;
- treinamento ineficiente de pessoal;
- falha na gestão de índices zootécnicos;
- baixo controle da qualidade de matérias-prima e processos.
Para remediar esses possíveis erros e garantir uma atuação mais eficiente na avicultura, o produtor está se especializando cada vez mais. Outro ponto que está sendo trabalhado é com relação à realização de cursos e treinamentos.
Com uma concorrência crescente, o gestor precisa se especializar para que sua produção não seja impactada negativamente devido a falhas que podem ser evitadas ou remediadas. Entenda como isso acontece.
O perfil do produtor do setor da avicultura
O produtor do setor de avicultura no Brasil cada vez mais se profissionaliza e se torna mais técnico. O conhecimento em tecnologia, aliás, é um importante aliado para o avicultor brasileiro. Da mesma forma, percebe-se uma crescente na gestão focada em processos adequados, além do respeito à legislação.
Esses são pontos que não apenas melhoram os níveis produtivos e entregam resultados mais eficientes, como também reduzem as chances para que sejam enfrentados graves problemas, que podem prejudicar a produção.
Por tais razões, é possível acompanhar o aumento no número de cursos, palestras e treinamentos que já estão na agenda do setor. As opções são muitas, sejam elas vinculadas à associação de produtores ou universidades. Por fim, podem auxiliar na obtenção de conhecimento e na estruturação de estratégias que melhoram a avicultura no país.
Em paralelo, outra aposta que é muito importante para o setor está relacionada ao investimento em profissionais de confiança. O produtor pode se aproveitar do conhecimento de empresas parceiras que devem estar aptas para auxiliar nesse ponto, seja na forma de treinamentos ou de assistência técnica.
A avicultura brasileira se mantém competitiva ao respeitar rígidas normas e diretrizes produtivas. Respeitar as rotinas de manejo, as práticas de sanidades, o isolamento das granjas e os protocolos de biosseguridade são alguns dos pontos que garantem a correta adequação dos processos produtivos. Por fim, é primordial seguir as instruções normativas do MAPA e garantir os bons resultados na gestão produtiva.
Aquicultura
A piscicultura é uma das modalidades da aquicultura. As especificidades dessa criação são o monitoramento e o controle dos peixes, desde o início da vida até o momento em que são atingidas as condições para consumo.
Em 2023, a produção de peixes de cultivo no Brasil atingiu 887.029 toneladas, um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior. Este aumento ficou abaixo da média dos últimos dez anos, de 5,3%, e aquém dos dois dígitos esperados pelo setor.
A produção de peixes de cultivo no Brasil tem vindo a aumentar desde 2014, quando era de 578.800 toneladas, tendo aumentado 53,25% até 2023. Este aumento contribuiu para o aumento do consumo per capita de peixes de aquicultura no Brasil, que atualmente está em 4,35 kg/ano.
Em 2023, o Brasil também exportou 6.815 toneladas de peixes de aquicultura, gerando uma receita de US$ 24,7 milhões, um aumento de 4% em relação a 2022.
Com o consumo interno e externo crescendo, mais produtores rurais começam a ver na atividade uma oportunidade de aumentar os lucros. Conheça as etapas do processo de criação de peixes, os gastos e o lucro potencial do negócio.
Complexo de piscicultura no Acre.
Primeiros passos e estrutura de uma piscicultura
Os primeiros pontos a se considerar na hora de se tornar produtor de peixes são a relação do terreno, a estrutura necessária e as regulamentações legais. É preciso se orientar sobre as normas regulamentadoras da região onde a produção será instalada, já que o empreendimento utiliza recursos naturais e pode causar poluição.
No início do processo, também é importante realizar uma pesquisa de mercado, analisando potenciais concorrentes. Além disso, é necessário analisar a tendência de consumo local e a facilidade para a distribuição e a venda para distribuidores ou varejistas, pois tudo isso influencia diretamente a taxa de lucro final.
A piscicultura pode ser realizada em diferentes lugares: diretamente no mar, em lagos com tanques-redes ou artificiais, em tanques comuns, em barragens e em viveiros. Os métodos mais utilizados são construção de lago artificial, tanque escavado e viveiro.
Espécies para começar uma piscicultura
Decidir as espécies a serem criadas é parte crítica para determinar o sucesso da operação. A escolha precisa levar em consideração o clima, a qualidade da água e da ração, o tamanho do tanque, a preferência do consumidor e a aceitação no mercado.
Tilápia - A queridinha da piscicultura. Tem um peso ideal de abate em cerca de 800 gramas e por ser um peixe tropical, apresenta o maior potencial de desenvolvimento quando a temperatura da água se encontra entre 25°C e 30°C.
São os melhores peixes para a piscicultura devido a aceitação de uma variedade grande de alimentos, além de apresentarem uma resposta positiva à fertilização dos viveiros. Além disso, são bastante resistentes a doenças, ao superpovoamento e a baixos níveis de oxigênio dissolvido. Sem contar, é claro, com a carne saborosa, baixo teor de gordura, ausência de espinhas intramusculares em forma de “Y” (mioceptos) e excelente rendimento de filé.
Carpa Cabeça Grande - Um tipo de carpa muito explorado pela piscicultura. Além de conviver bem em conjunto com outras espécies de peixes, pode ser alimentado apenas com algas em colônias, rotífaros e pequenos micros crustáceos. Esta espécie atinge cerca de 2 kg com um ano de cultivo.
Tambaqui - Atinge o peso médio de 1,5 kg em apenas um ano de cultivo. Sua alimentação pode ser variada, mas em geral são utilizadas frutas, tubérculos, sementes e rações de varredura.
Apresenta um grande destaque em relação às outras espécies de peixes, pois tem muita facilidade em se adaptar a diferentes condições de desenvolvimento. Nesse sentido, é um dos peixes mais simples de serem criados.
Dourado - A grande vantagem comercial desta espécie de peixe está no seu crescimento acelerado. Além disso, o dourado também ganha peso facilmente e responde positivamente ao manejo em cativeiro
A partir disso, já podemos considerar dele um excelente tipo para a criação. Nesse sentido, alcança bons preços de venda no varejo para consumo, principalmente por sua carne ser de ótima qualidade e agradável ao paladar do brasileiro.
Responde muito bem a ração artificial, mas como é um peixe carnívoro, em determinados momentos pode ser mais vantajoso utilizar alimentos ricos em proteínas. No cativeiro, é necessário adotar técnicas de indução hormonal para provocar a ovulação das fêmeas e a liberação de esperma dos machos.
Pirarucu - Excelente opção dentre as espécies de peixes para criar em cativeiro. É um dos maiores peixes de água doce, podendo passar dos dois metros de comprimento e chegar a pesar mais de 200 quilos.
Estas são grandes vantagens comerciais que ele apresenta, além de ser relativamente fácil de manter em estoque.
Sua alimentação é baseada em produtos naturais, como lambaris, tilápias e espécies forrageiras. No entanto, a melhor alternativa é realizar a alimentação com rações de alto padrão. No início, eles são treinados para comer ração durante seis dias, com seis refeições diárias; mas o processo pode demorar mais.
Tilápia, o peixe mais produzido no Brasil.
Outra opção comum é a carpa, de diferentes famílias. Algumas podem chegar a mais de 20 quilos, porém são consumidas ao alcançar entre 2,2 quilos e 4,4 quilos. Entretanto, para chegar a esse peso, são necessários dois anos de criação.
Manutenção da piscicultura
Atualmente, os gastos cresceram. Como a ração chega a representar 70% do custo da produção, os recentes aumentos das commodities, em razão da pandemia de covid-19 e do conflito na Europa, encareceram o produto final.
A alimentação requer cuidado especial. Os peixes precisam ser separados por idade, já que o número de vezes que se alimentam por dia aumenta conforme o crescimento. Casais também precisam ser separados para a reprodução, e as ovas devem ficar em tanques específicos até completarem um mês de vida.
Diferentes espécies têm dietas variadas, então é preciso investir em fornecedores de qualidade para garantir o aproveitamento da produção. Por fim, vale lembrar que a atividade é regulamentada por legislações ambientais e fiscalizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), assim, é importante cumprir normas de higienização de tanques e garantir a saúde dos animais. O produtor rural também precisa ter cadastro de piscicultor para realizar a atividade de forma legal.
Apicultura
Apicultura é a arte de criar abelhas (Apis mellifera) com objetivos de proporcionar ao homem produtos como mel, cera, geleia real, própolis, veneno, pólen e prestar serviços de polinização às culturas econômicas. Além de todos esses benefícios, pode tornar-se uma fonte rentável para produtores rurais ou outras pessoas que vivem na cidade, mas podem criar abelhas em propriedades arrendadas para essa finalidade. Qualquer pessoa pode ser apicultor, desde que não seja alérgica ao veneno das abelhas, tenha capacidade física e habilidade.
As abelhas são responsáveis por vários produtos: mel, própolis, geleia real, cera e pólen, dependendo da forma de tratamento que dão ao néctar retirado das flores. 2.1. Mel O mel, consumido e apreciado desde a antiguidade, sendo o único adoçante conhecido pelo homem durante muito tempo, é um alimento excelente, resultante da transformação do néctar das flores realizada pelas abelhas. O néctar é um líquido açucarado existente na maioria das flores e que serve para atrair abelhas e outros insetos polinizadores. É rico em sais minerais, vitaminas e açúcares, sendo coletado, modificado e armazenado para alimentação da colmeia em períodos desfavoráveis de ausência de flores. Para fazer um quilograma de mel, as abelhas retiram néctar de aproximadamente um milhão e meio de flores. Como as flores podem ser diversificadas, disponíveis em épocas do ano e regiões diferentes, o néctar varia muito em sabor, cor e perfume, resultando em tipos de mel diferenciados em relação a sabor e cor, dependendo tanto da época do ano como de região para região. Independentemente de tais fatores, o mel sempre é alimento de alta qualidade.
Mel
O mel é composto por grande quantidade de açúcares simples (em média 32% de glicose e 38% de frutose), rapidamente assimilados pelo aparelho digestivo. Possui, ainda, pequenas quantidades de outros açúcares (sacarose, maltose), sais minerais (potássio, sódio, cloro, enxofre, cálcio, fósforo, ferro e magnésio), aminoácidos e enzimas. Sua densidade varia de 1,40 a 1,44 a 20º C. Um quilograma de mel corresponde, em média, a 700 mililitros (ml). A coloração é alterada de acordo com a origem das flores visitadas, podendo variar de incolor até bem escura. De maneira geral, os méis escuros possuem maiores teores de sais minerais, como ferro, potássio, manganês e sódio. 3 A umidade não deve ser superior a 18%, índice indicado pela legislação. Acima desse valor, o mel pode sofrer processo de fermentação, sendo contraindicado para o consumo. O mel também pode cristalizar, pois, de acordo com sua composição floral ou quando exposto a baixas temperaturas, a glicose une-se, formando pequenos cristais, alterando seu estado de viscoso para pastoso ou para granulado fino, conferindo ao produto consistência diferenciada, mas mantendo inalteradas suas qualidades.
Própolis
É uma substância elaborada pelas abelhas proveniente de resinas de plantas (casca de árvores, gemas apicais, brotos, flores, exsudados de plantas) e cera. A origem da resina pode determinar a qualidade da própolis que é, basicamente, composta por 55% de resinas e bálsamos, 30% de cera, 10% de óleos voláteis e 5% de pólen. Para a colmeia, a própolis (“pró” = a favor , “polis” = cidade) tem a função de recobrir as paredes da colmeia, tampar buracos e frestas e unir partes. Auxilia a regulação da temperatura interna e recobre animais mortos que não podem ser removidos pelas abelhas, mumificando-os. Para o homem, a própolis é utilizada na confecção de vernizes, além de ter efeito cicatrizante e anti-inflamatório, sendo usada também em queimaduras, aftas, acnes e outros. No entanto, é necessário cautela com a sua utilização já que algumas pessoas são alérgicas à própolis.
Geleia real
A geleia real é composta pela mistura das secreções das glândulas hipofaringeanas e mandibulares, localizadas na cabeça das operárias de Apis mellifera. Quem produz a geleia real são as abelhas operárias adultas, de cinco a dez dias de idade. Na colmeia, a geleia é utilizada para alimentar a rainha e as larvas de até três dias. A composição da geleia tem, em média, 66% de água e 34% de matéria seca (13% de carboidratos, 12% de proteínas, 5% de lipídeos, 3% de vitaminas e 1% de sais minerais). Por ser um alimento completo, rico em todos os nutrientes e conter diversos elementos essenciais, é usado duplamente pelo homem, como alimento e medicamento no tratamento de anemias, esgotamento nervoso e, ainda, para aumentar a resistência orgânica entre outros. 5 Para sua produção, podem-se aproveitar os períodos entre floradas e as regiões canavieiras.
Cera
A cera é produzida pelas operárias com idade entre 12 e 18 dias. É utilizada na colmeia para a construção da estrutura de armazenamento de alimentos (alvéolos) e de reprodução (alvéolos de cria). Sua produção depende de um suprimento de açúcares na colmeia, sendo necessários de seis a sete quilogramas de mel para a produção de um quilograma de cera. Pode ser obtida por intermédio de opérculos, pedaços de favos, favos velhos e raspas de cera que ficam aderidas na tampa da caixa, nos quadros ou, ainda, de favos que sobram das capturas realizadas em abrigos naturais.
Um trabalho muito importante realizado pelas abelhas é a polinização, que é a transferência do grão de pólen produzido na antera (órgão masculino da flor) para o estigma (órgão feminino da flor). Quando a transferência ocorre na mesma flor, denomina-se autopolinização, e de uma flor para outra, polinização cruzada. A maioria das plantas nativas e cultivadas precisa dos insetos para transportar o pólen das flores masculinas para as flores femininas. Nenhum inseto é tão laborioso e eficaz como as abelhas melíferas, para o aumento da produção de várias culturas. A produção de laranjas e limões pode ter um acréscimo de até 35%, a de café 39% a mais e a de soja até 80% a mais com o uso de colmeias migratórias durante o florescimento dessas culturas. Em São Paulo e Santa Catarina existem produtores de frutas (citros e maçãs) que contratam a colocação de colmeias em seus pomares e obtêm bons resultados. Além dessas, as lavouras de girassol, milho, algodão, entre outras, são beneficiadas pela presença das abelhas.
ESPÉCIES DE ABELHAS
No Brasil existem muitas abelhas nativas ou indígenas que produzem mel e cera, como a Jataí, a Borá e a Mandaçaia, mas nenhuma delas produz cera e mel em grande quantidade como as abelhas trazidas ao Brasil há muitos anos e conhecidas pelo nome de abelha-europa, como é o caso das abelhas alemã e italiana. Outra abelha melífera bastante produtiva é a Apis mellifera scutellata, conhecida como abelha-africana. As abelhas-africanas são mais produtivas e mais resistentes às doenças e aos inimigos naturais que as abelhas-europeias, em condições tropicais. Elas foram introduzidas no Brasil em 1956 por iniciativa do Ministério da Agricultura para estudos científicos de aprimoramento na produção dos produtos apícolas, mas escaparam da criação experimental e, Figura 4 – Polinização e fecundação. Fonte: Informe Agropecuário, 1983. 9 sendo mais fortes e vigorosas do que as abelhas-europeias, em pouco tempo aconteceu a africanização (hibridação) total das abelhas até então existentes no Brasil.
As abelhas africanizadas tornaram-se um bem e estão incentivando os antigos e novos criadores para a retomada da produção de mel no Brasil. Com indumentária, manejo e equipamentos corretos, os apicultores aprenderam rápido a trabalhar com as abelhas africanizadas, que só atacam quando trabalhadas sem habilidade e sem conhecimento, ou quando os meleiros ou saqueadores de mel as importunam em suas colônias.
AMBIENTE PARA A CRIAÇÃO DE ABELHAS
A escolha do local para ser instalado um apiário e a riqueza de flores da região são fatores que podem oferecer condições para o sucesso ou fracasso de uma criação. Como ambiente ideal, são citados a seguir os aspectos da flora apícola e do local da instalação das colônias de abelhas.
Local de instalação do apiário
O conhecimento da flora apícola oferece as primeiras informações sobre o local onde deverá ser instalado o apiário. Além desses conhecimentos, algumas regras simples devem ser obedecidas: • o apiário deve estar, pelo menos, a 500 metros de residências, currais ou estábulos, para tranquilidade das pessoas, dos animais e das abelhas; • deve ter bons caminhos para acesso, estar protegido de ventos, não ser muito batido pelo sol e nem muito sombreado; essas características evitam o excesso de calor ou de frio nas colmeias; • oferecer uma fonte de água limpa a pelo menos 500 metros; • estar em terreno bem drenado, pois terrenos encharcados e úmidos criam um ambiente desfavorável para a sanidade das abelhas.
Os terrenos gramados, com algumas árvores esparsas, próximos de um capão de mato ou capoeira servindo de quebra-vento, são os mais indicados. Pode, também, ser feita cerca-viva, de boa altura, para agir como quebra-vento, proteger o apiário e dar tranquilidade às abelhas.
APICULTURA E AGROTÓXICOS Com o advento do cultivo de extensas áreas agrícolas, os agricultores redobraram suas atenções na produtividade e diminuição dos custos de produção. Sementes melhoradas geneticamente e que possuem um maior rendimento agrícola, muitas vezes, nos processos de seleção, tornam-se mais vulneráveis a pragas, doenças e à concorrência de ervas daninhas, exigindo maior controle químico. Dessa forma, se por um lado o homem avança na melhoria da produtividade de suas culturas e na minimização dos prejuízos, há também grande aumento na utilização de defensivos agrícolas, que contribuem para a eliminação de organismos benéficos que atuam no controle biológico de certas pragas, na decomposição de matéria orgânica e na própria polinização. As abelhas, como insetos sociais e de fácil manuseio, prestam relevantes serviços de polinização cruzada às culturas, atuando como eficiente agente polinizador. Segundo Crane e Walker (1983), as abelhas contribuem com 30% de aumento em alimento nos países desenvolvidos. Para que haja eficiência das abelhas sobre as floradas, há certos critérios que devem ser seguidos pelos apicultores e agricultores quanto ao uso de agrotóxicos. Em 1967, por exemplo, o uso de carbaryl na cultura do algodoeiro dizimou 70 mil colmeias na Califórnia.
Os sinais de envenenamento podem ser detectados pela presença de várias abelhas mortas defronte das colmeias ou mesmo em estado agonizante. O envenenamento pode ser por contato com as partes florais das plantas, ingestão de néctar contaminado ou por ocasião das pulverizações. Como a grande maioria dos agrotóxicos tem ação neurotóxica, há uma verdadeira paralisação das asas, pernas e do trato digestivo das abelhas contaminadas. Atualmente, as culturas comerciais de citros, soja e cana-de-açúcar são as que mais utilizam defensivos agrícolas em seu manejo.